Ronco e Apneia
- Medicina do Sono
- 28 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de dez. de 2021
Pesquisa inédita, realizada pelo Iamspe, foi publicada em revista americana
Uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) apontou que a cirurgia para tratamento de apneia é também eficaz na diminuição da pressão arterial durante o sono. O resultado do estudo foi publicado na última edição da “Laryngoscope”, nos EUA, a mais influente revista científica da especialidade no mundo.
A apneia está presente em 9% da população mundial e em 30% dos paulistanos, com maior incidência em obesos.
O estudo foi feito com pacientes que passaram pelo procedimento cirúrgico, entre 2009 e 2010. A pressão arterial foi medida durante 24 horas, em dois momentos: antes da cirurgia e seis meses depois do procedimento.
“Constatamos que houve diminuição da pressão arterial durante o período de sono, o que significa um descanso mais tranquilo e representa uma trégua para o coração, que faz menos esforço para bombear sangue pelo corpo”, diz o professor Michel Cahali, otorrinolaringologista do Iamspe e responsável pelo desenvolvimento da técnica Faringoplastia Lateral, implantada na instituição em 2006.
A autoria do trabalho é da pós-graduanda Carolina Ferraz de Paula Soares, que foi orientada pelo professor Cahali.
“A apneia ocorre quando o músculo da garganta relaxa a ponto de interromper a respiração e a pessoa sufoca várias vezes durante a noite. Com isso, ronca, dorme mal e tem maior risco à pressão alta, infarto ou acidente vascular cerebral”, detalha o médico.
O especialista explica que a cirurgia é uma plástica na musculatura da garganta, para abrir espaço. É indicada para pessoas com até 65 anos, com saúde estável e que não tenham obesidade acentuada.
“Em um mês, o paciente já sente a melhoria na qualidade do sono e, após seis meses, o exame de polissonografia é repetido para verificar objetivamente os resultados, após a cicatrização completa.”
Iamspe
O Iamspe, autarquia vinculada à Secretaria de Gestão Pública, tem hoje uma das maiores redes de atendimento em saúde para funcionários públicos do país.
Além do Hospital do Servidor Público Estadual, na capital paulista, possui 17 postos de atendimento próprios no interior, os Centros de Assistência Médico-Ambulatorial (Ceamas), e disponibiliza assistência em mais de 100 hospitais e 130 laboratórios de análises clínicas e de imagem credenciados pela instituição, além de 3.000 médicos em 200 cidades paulistas, beneficiando 1,3 milhão de pessoas em todo o Estado.
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe)
Assessoria de Imprensa
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